O palete PBR auxilia na padronização logística e no armazenamento mais eficiente. Isso porque possui características únicas que foram criadas e adaptadas para o mercado brasileiro. Inclusive, pode ser usado por vários tipos de equipamentos de transporte e segmentos industriais.
Mas, em meio a tantos modelos, qual é o palete PBR? Vamos contar a história dele e, inclusive, trazer as principais configurações para identificá-los. O fato é que esse tipo de estrado é usado no mundo desde a segunda metade do século XX, mas o modelo brasileiro é da década de 90.
O que é um palete PBR
Atualmente, para saber o que é um palete PBR, basta procurar no Google. Logo, encontram-se respostas como: “um tipo de palete com dimensões padronizadas no Brasil” ou “Palete Padrão Brasileiro”. Mas, antes de falar das configurações, é interessante entender a história.
Em 1988, a ABRAS (Associação Brasileira dos Supermercados) começou a desenvolver um tipo de estrutura adequada às particularidades das suas operações. O objetivo era muito simples: atender a demanda do varejo de alimentos.
Isso porque esse setor tinha alguns entraves na movimentação, armazenagem e transporte de grandes volumes de mercadorias. Ou seja, o trabalho era manual e o resultado era previsível: a baixa produtividade, além do elevado risco de perda de mercadorias e acidentes de trabalho.
Sabendo disso, o escopo da solução foi preconizado por dois preceitos:
- Ter dimensões universais para uso em qualquer sistema e método, e
- Ser intercambiável permitindo a troca do palete cheio pelo vazio.
Para o atendimento de ambos os requisitos, era necessária a padronização. Assim, iniciaram os testes pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Até a aprovação do melhor modelo foram 2 anos de estudos. Sendo que em 1990, o palete PBR-1 foi oficialmente lançado pela ABRAS.
O produto atendeu os varejistas, mas também todos os outros segmentos que lidam com atividades logísticas, como medicamentos e produtos hospitalares. Acredita-se que o modelo nacional tenha substituído mais de 1 mil tipos diferentes de estrados de madeira que eram usados na época.
Como identificar o palete brasileiro
Para ser denominado PBR-1 é preciso ter as dimensões: 1000 x 1200 mm. Aliás, essa também é uma medida de referência usada em países da América do Sul, África e Europa. Mas, não apenas isto. O produto também deve seguir a NBR 9.192 e:
- Ter determinadas características construtivas,
- Ser homologado e
- Dispor de um certificado de autenticidade.
Além disso, para a correta identificação dos paletes PBR, os usuários precisam considerar informações pirografadas na face de 1200 mm. Sendo elas:
- A inscrição PBR,
- O mês e o ano de fabricação com dois dígitos, e
- A sigla do fabricante.
O produto permite diversas otimizações na logística, como no aproveitamento do espaço disponível para armazenamento de mercadorias. Afinal, pode ser usado em qualquer sistema, sendo ainda mais eficaz em armazéns automatizados.
Qualquer empilhadeira ou meio de transporte pode manipulá-lo, e suas dimensões padronizadas facilitam o agrupamento das cargas ou produtos. Para as indústrias, a solução criada na década de 90 tornou o cenário mais competitivo devido a:
- Durabilidade,
- Leveza,
- Eficiência,
- Redução de perda e
- Sustentabilidade.
O que comprova a eficácia do produto na paletização de materiais. O processo acontece com a acomodação das mercadorias em cima dos paletes, que são como bases para sustentação dos produtos. E permite que equipamentos de transporte movam o lote de uma só vez.
Mas, se por um lado investir no palete PBR é sinal de eficiência logística, por outro, é preciso muito cuidado com a configuração dele. Ou seja, ainda que exista uma grande preocupação com a segurança, seguir as normas e recomendações se faz fundamental. Entenda abaixo.
A configuração do palete PBR
Em 2019, houve a necessidade de uma solução mais eficiente que atendesse às novas condições de ofertas de madeira do mercado nacional. Assim, após quase 3 décadas, vieram as adequações do palete PBR-1. O novo padrão tornou o produto mais leve sem reduzir a resistência dele.
O novo PBR-1 passou a ter um peso nominal de 27 kg. Sendo que essa redução foi atribuída ao menor volume de madeira e de pregos utilizados na sua fabricação. Atualmente, essa solução tem um ciclo de vida de 3 anos.
E, considerando as novas configurações, pode ser operado em sistemas de armazenagem tipo porta paletes. A capacidade de carga é de até 2.000 kg, desde que uniformemente distribuída.
Para facilitar o entendimento, o estipulado é:
- Peso máximo permitido – 42 kg,
- Capacidade de carga estática – 2.500 a 3.000 kg e
- Capacidade de carga dinâmica – 1.500 a 2.000 kg.
A operação do PBR-1 pode ser feita tanto pela face de 1.000 mm, quanto pela face de 1.200 mm. Porém, o garfo da empilhadeira deve proporcionar apoio total e contínuo por todo o perímetro, criando um campo de contato entre o equipamento de movimentação e o palete.
Quanto suporta um palete PBR?
No tópico anterior, vimos a capacidade de carga desse modelo de palete. A informação é imprescindível para garantir uma operação segura. Já que a sobrecarga indica um grande risco no setor logístico, dos acidentes aos prejuízos financeiros.
Tanto a sobrecarga de natureza concentrada quanto a prática de armazenagem de um palete sobre o outro. Por esse motivo, o uso de Porta-Paletes se torna imprescindível, já que permite acomodar vários paletes na mesma estrutura.
No mercado logístico, é bastante comum o relato do uso de palete PBR com sobrecarga. Isto é, com peso que fica acima do que é indicado. Se isso acontece na sua indústria, só há duas alternativas que podem justificar o fato:
- O palete não é do modelo PBR ou
- Há uma bomba-relógio prestes a detonar.
A analogia é apenas para demonstrar o risco que se tem ao não seguir as recomendações dos fabricantes e do Manual. Afinal, mais cedo ou mais tarde, nesses casos, o sistema de armazenagem pode colapsar e muitos prejuízos vão acontecer no setor.
Uma das melhores soluções é entender sobre os sistemas de armazenagem. Existem diversas estruturas disponíveis no mercado, e cada uma delas atende a determinada necessidade das empresas. É preciso considerar limitações e particularidades.
Para saber mais sobre isso, baixe o nosso ebook de sistemas de armazenagem. Nele, explicamos a importância de contar com um projeto customizado para garantir segurança e excelência na operação logística. Outra dica é fazer a inspeção periódica no seu sistema.
A inspeção no sistema de armazenagem do palete PBR
O excesso de peso no palete PBR, assim como condições de degradação, indica um grande risco para a empresa. Seja pelos danos aos produtos ou pela ruína das estruturas. Além disso, podem ser os responsáveis pela menor eficiência operacional no setor.
Sabendo disso, a melhor recomendação é a de contar com uma assessoria técnica para fazer a inspeção e certificação dos sistemas. Afinal, os paletes são peças-chave em toda a cadeia de implantação de equipamentos à operação logística.
Para se ter garantias da funcionalidade de um sistema de armazenagem é recomendado:
- Dispor de informações construtivas,
- Ter dados do desempenho e
- Conhecer as condições dos paletes.
As estruturas devem estar em bom estado de conservação. Assim como a operação tem que considerar as condições adequadas de manuseio e armazenagem.
Aqui na ISMA, temos um Guia de Inspeção de Sistema de Armazenagem (ISA). O objetivo é apresentar essa rotina de acompanhamento das estruturas usadas na armazenagem de produtos. Assim, é possível obter:
- Maximização da vida útil das instalações,
- Maior segurança operacional,
- Documentação comprobatória e
- Estudo de identificação de carga.
Somos uma empresa brasileira com mais de 53 anos de existência e know-how na concepção e na fabricação de armazéns para os mais diversos segmentos. Para baixar o guia gratuitamente, acesse a imagem:
Outras referências: na dúvida sobre o palete PBR, consulte os fabricantes credenciados na fabricação do PBR-1. Além disso, tem mais informações técnicas no Manual de Utilização do PBR-1. E, se quiser conhecer outros tipos de paletes, como o de plástico e metal, acesse este blog.