As boas práticas na armazenagem de produtos hospitalares é uma das medidas de maior atenção do setor da saúde. Os materiais são sensíveis e precisam de cuidados especiais e manuseio correto, caso contrário, pode ocorrer a inutilização de lotes inteiros de mercadorias.
É importante destacar que os prejuízos não são apenas de ordem financeira, mas, também de ordem administrativa. Desse modo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estabeleceu uma série de procedimentos, com objetivo de padronizar a movimentação, distribuição e armazenamento de medicamentos, drogas e outras substâncias empregadas nos estabelecimentos de saúde.
As informações estão contidas no Manual de Boas Práticas para Estocagem de Medicamentos, conteúdo publicado pelo Ministério da Saúde em 1999 e utilizado até a atualidade, como diretriz para empresas que trabalham com essa categoria de produtos.
Considerando a importância do tema para o setor logístico, elencamos informações importantes do manual, para que você tenha conhecimento dos procedimentos que devem ser seguidos pela indústria de medicamentos.
Quais são as considerações gerais do manual de estocagem de medicamentos?
Uma das recomendações iniciais do Manual de Boas Práticas é de que toda e qualquer área destinada à estocagem de medicamentos deve ser preparada para preservar as condições de uso dos produtos. Do mesmo modo, nenhum medicamento deve ser estocado, antes de ser oficialmente recebido, ou ainda, liberado para entrega sem a permissão oficial.
Em relação aos estoques, a recomendação é de que precisam ser inventariados periodicamente, e inspecionados para averiguação de qualquer degradação visível. O cuidado deve ser redobrado com medicamentos que estejam sob garantia de prazos de validade.
Por outro lado, os medicamentos com prazo de validade vencidos devem ser retirados do estoque e destruídos, com registro justificado por escrito pelo farmacêutico responsável, de acordo com a legislação vigente.
Outra consideração importante sobre a estocagem diz respeito a estrutura de armazenagem. Os materiais devem ser acomodados em estantes, armários, prateleiras ou estrados, de modo a permitir a fácil visualização e identificação (nome do produto, número de lote e prazo de validade).
Complementando as informações essenciais, em hipótese alguma, os medicamentos devem ter contato com o solo e no caso de prateleiras verticais, os itens devem ficar a uma distância mínima de 1 metro das paredes.
Em relação às embalagens parcialmente utilizadas, a recomendação do manual é de que sejam fechadas novamente, a fim de prevenir perdas ou contaminações do produto. Além disso, é importante identificar no lado externo da embalagem, a quantidade faltante do item.
Para garantir ainda mais o controle dos produtos, a liberação de medicamentos para entrega deve obedecer à ordem cronológica dos lotes de fabricação. Desse modo, os itens mais antigos ficam na frente dos mais novos.
Cuidado redobrado com armazenagem de produtos termolábeis e imunobiológicos
Inicialmente é preciso esclarecer que medicamentos termolábeis são aqueles que não podem sofrer variação excessiva de temperatura. Por esse motivo, são necessários cuidados especiais no armazenamento, a fim de não interferir na integridade do produto.
Sendo assim, o local de estocagem precisa ser mantido em temperatura constante, próximo a 20°C (r 2°), então para garantir o índice, as medições de temperatura devem ser efetuadas constantemente. Outro fator que deve ser considerado, é a existência de sistemas de alerta no aparelho de ar-condicionado, de modo que seja possível detectar rapidamente qualquer problema de funcionamento.
Os medicamentos imunobiológicos identificam vacinas e soros que necessitam de ótimas condições de armazenagem, para manterem a efetividade de uso. Dito isso, o ponto mais importante é manter a temperatura recomendada pelo fabricante e o manuseio dos produtos deve ter prioridade em relação aos demais, bem como a liberação para entrega.
Medidas de segurança durante a armazenagem de produtos hospitalares
Como foi possível observar, os cuidados com a armazenagem de produtos hospitalares requerem uma gestão eficiente da equipe operacional. Do mesmo modo, existem outras medidas para garantir a segurança dos almoxarifados, tanto para os medicamentos, quanto para os colaboradores que trabalham no local. Entre as mais importantes, podemos destacar as seguintes:
- Medidas rigorosas para a prevenção e combate a incêndios, sendo indispensável a instalação adequada de equipamentos de combate ao fogo;
- Pessoal com treinamento periódico no combate a incêndios;
- Existência da CIPA (Comissão Interna para Prevenção de Acidentes) permanente.
Além disso, os espaços de estocagem devem contar com equipamentos refrigeradores, constituídos por geladeiras com temperatura entre 4°C e 8°C, Freezers com máximo de – 10°C e câmaras frias com temperaturas entre 8°C e 15°C.
Nesse sentido, o monitoramento de temperatura dos equipamentos deve ser registrado diariamente pelo responsável do almoxarifado, e qualquer anormalidade identificada precisa ser rapidamente identificada e corrigida. No caso das câmaras frias, é aconselhável contar com antecâmaras, que atuam de modo a evitar a perda desnecessária de frio, quando é necessário abrir as portas do equipamento principal.
Vale ressaltar que, justamente por esse motivo, as entradas e retiradas de produtos de qualquer equipamento refrigerador devem ser programadas antecipadamente. Com esse controle é possível diminuir ao máximo, as variações internas de temperatura do aparelho.
Quanto aos equipamentos frigoríficos, a indicação é de que permaneçam em funcionamento, ligados à rede elétrica local. Além disso, é essencial que o local ofereça uma fonte alternativa de energia (gerador), para atender eventuais faltas de energia no sistema.
Por fim, todos os funcionários do almoxarifado, em especial os que atuam na estocagem de medicamentos imunobiológicos, devem ter conhecimento sobre as técnicas de armazenamento dos produtos. A capacitação técnica é fundamental em emergências, decorrente de um eventual corte de energia elétrica ou defeito no sistema de refrigeração.
Lembrando ainda, que todos os equipamentos (geladeiras, freezers e câmaras frias) devem contar com um sistema de alarme confiável, que indique prontamente qualquer tipo de anormalidade no funcionamento.
Como deve ser a estocagem de medicamentos de uso controlado?
É importante esclarecer que a área de estocagem de medicamentos de uso controlado deve ser considerada de segurança máxima. Por isso, independentemente das recomendações anteriores, os produtos citados devem ser instalados em uma área isolada dos demais.
Além disso, somente pessoas autorizadas pelo farmacêutico responsável do almoxarifado podem ter acesso e manusear os itens. Para um maior controle, são exigidos registros de entrada e saída dos medicamentos, de acordo com a legislação sanitária específica e sem prejuízos das que foram determinadas pela administração local.
Diante de todas as recomendações elencadas pode-se confirmar como é importante contar com um sistema de armazenagem que seja eficiente e capaz de proporcionar ao ambiente de trabalho, da área de saúde, condições condizentes com as recomendações das normas brasileiras.
Neste cenário, a ISMA oferece as melhores soluções em armazenagem para atender o setor da saúde, dentro dos parâmetros exigidos pela legislação nacional. Sendo assim, convidamos você a conhecer nosso portfólio de soluções que ajudarão sua empresa a realizar a armazenagem de todos os produtos, inclusive medicamentos.
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