As transformações tecnológicas no setor logístico aprimoram as opções de equipamentos e estruturas dos sistemas de armazenagem. Um exemplo prático e eficiente é a longarina. Esse componente, principalmente utilizado nos Porta-Paletes e Drive-In, caracteriza-se por distribuir o peso dos produtos armazenados entre as colunas, impedindo a sobrecarga.
Existem vários modelos disponíveis no mercado, contudo, ainda há dúvidas sobre a efetividade desse item no quesito dimensionamento. Por esse motivo, elaboramos um conteúdo para detalhar os mitos e verdades sobre a eficiência dos modelos com perfil “aberto”. Continue a leitura e fique bem informado.
O que é longarina?
Inicialmente é preciso esclarecer que a longarina, também chamada de viga, é empregada para sustentar o peso dos materiais armazenados em sistemas de Porta-Paletes ou Drive-Ins.
No sistema de Porta-Paletes, é possível dimensionar a armazenagem, aproveitando, assim, o espaço útil do local e facilitando as operações com empilhadeiras. O objetivo é que o componente ofereça sustentação no processo.
Do mesmo modo, o sistema de Drive-in é indicado para situações em que existam alta densidade de materiais e poucas variedades de produtos. Nessa condição, as estruturas de aço garantem a armazenagem de alto volume de paletes.
Quais as principais características da longarina?
A fim de oferecer a segurança necessária, esse componente é fabricado em aço estrutural e as opções de dimensionamento atendem rigorosamente as recomendações da norma NBR 14762, que detalha os parâmetros das estruturas em aço, constituídas por perfis formados a frio.
Vale destacar que o cuidado com a qualidade e montagem da longarina se devem ao fato de que esse componente sustenta os paletes armazenados. Desse modo, o sistema de armazenagem deve ser adequado ao tipo, volume e peso dos produtos que serão acondicionados, de modo a evitar sobrecarga e acidentes com a estrutura.
Por ser um elemento fundamental ao sistema de Porta-Paletes, possui como principal função fornecer a estrutura de apoio necessária ao empilhamento vertical de produtos, oferecendo configurações diversas às estruturas de armazenamento.
Mitos e verdades sobre a longarina com perfil aberto
Desde já é preciso esclarecer que existem modelos de longarina fechados e abertos. Ambos são empregados na estrutura dos sistemas de armazenagem. Sendo assim, elencamos alguns mitos e verdades sobre questões envolvendo o componente, confira:
– Mito: existe restrição normativa sobre o uso de longarina com perfil aberto. As normas NBR 15524:2007 e 14762:2010 não fazem nenhuma restrição quanto ao emprego de determinadas tipologias desse componente.
A título de informação, é de conhecimento técnico que um determinado perfil pode ser mais ou menos eficiente do que outro, quando se avalia a relação entre a quantidade de material empregado e a resistência final da peça.
– Verdade: cada tipologia apresenta particularidades diferentes em termos de dimensionamento. As longarinas de perfil aberto são dimensionadas de forma diferente dos modelos fechados. Tanto é que as normas da ABNT apontam os critérios adotados para cada situação.
– Mito: existe só um tipo de perfil para longarina aberta. Existem diversas opções de perfis desenvolvidos pela indústria. Usando o exemplo da ISMA, o perfil usado é o sigma enrijecido, concebido para oferecer uma ótima relação de custo-benefício, em diferentes tamanhos de vãos.
– Verdade: longarina com perfil aberto apresenta tratamento anticorrosão também na parte interna. Sim, por ser aberta recebe um tratamento com fosfato de zinco, antes de ser pintada na parte interna e externa. Dessa forma, fica mais visível a identificação de qualquer patologia interna na peça, evitando, assim, a corrosão de dentro para fora do perfil.
Como evitar danos à longarina?
Ainda que a longarina seja produzida com materiais resistentes (aço) de diferentes espessuras, é relevante reforçar que todo componente submetido a sobrecarga, sofrerá impacto que varia da deformação até o rompimento. Desse modo, a solução mais segura é controlar o peso total dos itens dispostos no palete, evitando acumular produtos acima da capacidade permitida.
Na mesma perspectiva, se os produtos não forem distribuídos de maneira uniforme (mais peso de um lado do que do outro), a longarina pode ser danificada. Nesse caso, seguir as recomendações de armazenamento para porta-paletes evitará problemas no componente e na estrutura.
As peças que garantem a instalação da longarina devem ter uma atenção especial. Um exemplo é o pino de travamento do componente, pois, se por algum motivo for retirado, poderá resultar na queda da viga e danos à estrutura do porta-paletes.
O fluxo contínuo de trabalho pode provocar acidentes e um dos mais comuns é a queda de cargas sobre a longarina. Essa situação pode provocar a deformação do componente ou, até mesmo, a queda da estrutura, por isso, é fundamental atenção no trabalho de armazenagem.
Por último, mas não menos importante, colisões de equipamentos de movimentação de cargas na longarina. Essa condição é evitada, quando são seguidas as boas práticas de armazenamento e os operadores de empilhadeiras são devidamente treinados para desempenhar a função.
Qual a importância da longarina na estrutura de Porta-Paletes?
Antes de falar da relevância do componente é preciso esclarecer que os Porta-Paletes são constituídos basicamente por montantes (colunas e travessas) e longarinas. Para saber a quantidade ideal é preciso determinar a capacidade a partir das informações do produto ou palete a ser armazenado.
Esse cálculo é feito mediante o dimensionamento destes principais componentes, sendo que o fator limitante é aquele que determina a sobrecarga máxima suportada no sistema de armazenagem.
Na atualidade, a tipologia mais empregada no setor logístico, para o nó de ligação entre a coluna e as travessas, é a conexão parafusada, prevista nas recomendações da NBR 15524:2007.
Do mesmo modo, a modelagem deve oferecer a contenção de maior inércia da coluna, por intermédio do uso das longarinas de perfil aberto. Nesse componente, o nó mais comum é feito por uma ligação semirrígida, contendo uma garra dentada e um pino ou um parafuso de segurança.
Portanto, a disposição das longarinas na estrutura é essencial para determinar a capacidade portante da estrutura do porta-paletes, bem como a quantidade de produtos que serão armazenados. Sendo assim, é importante reforçar que qualquer modificação na configuração das vigas pode alterar a capacidade total de armazenagem do equipamento.
Como você pode observar, a longarina é uma peça fundamental nas estruturas de porta-paletes, por otimizar a capacidade de armazenamento dos materiais de um depósito. Por esse motivo, é preciso ter conhecimento dos detalhes do componente e das recomendações técnicas de uso.
Se você tem interesse em adotar o sistema de armazenagem com longarinas de perfil aberto entre em contato com a ISMA. Nossa equipe está preparada para oferecer todos os detalhes do produto. Acesse nosso site e solicite um atendimento.
