Para total garantia e segurança, todo armazém deve ter estruturas bem planejadas. Mas você sabia que um piso adequado é também fator primordial nas operações do seu armazém?
Em qualquer armazém, o piso possui absoluta relevância nas fases de projeto, execução e uso, sendo o elemento com a função de sustentar absolutamente todos os integrantes presentes no espaço – das pessoas à operação.
Mas, em muitas ocasiões, a implantação ou a expansão de infraestruturas logísticas acabam por ser inviabilizadas, já que determinado armazém apresenta pisos com constituição, planicidade e/ou capacidade de carga incompatíveis com a requerida.
Por isso, convidamos você a entender quais são os fatores que precisam ser considerados na escolha do piso ideal para seu armazém, de modo que ele garanta segurança e sustentação dos materiais armazenados.
Muitas variáveis são essenciais para definir o melhor piso do armazém
De forma geral e mais usual, durante o processo de concepção de soluções logísticas, muitas empresas dispõem da informação que o piso do armazém resiste a uma determinada “carga por metro quadrado” (Por exemplo: 5000 kgf/m).
Entretanto, apenas essas informações não bastam, visto que os pisos de armazéns são demandados não só por sobrecargas distribuídas, mas também por sobrecargas pontuais (concentradas em um único ponto). Podem dispor também de ações de naturezas estática ou dinâmica, com periodicidades e simultaneidades de atuação diferentes.
Logo, em função da variação e da complexidade de todos os ingredientes que caracterizam o uso do piso de um armazém, somente a resistência à sobrecarga uniformemente distribuída diz pouco sobre a real capacidade de uso.
Neste sentido, há três categorias de movimentação que precisam ser consideradas:
- As colunas que constituem o Porta-Paletes seletivo, em função do seu peso próprio e das unidades de cargas armazenadas sobre suas longarinas, sobrecarregam o piso com ações concentradas e estáticas.
- Os paletes armazenados diretamente sobre o piso geram uma sobrecarga mais bem distribuída e também estática.
- Os equipamentos de movimentação (empilhadeiras, paleteiras) geram sobrecargas concentradas, de natureza dinâmica – com posição e magnitude variável, em função da mecânica da atividade desempenhada pelo mesmo como por exemplo: em um equipamento com os garfos em máxima elevação, durante o processo de endereçamento de um palete, as ações sobre o piso tendem a ser concentrar nas rodas orientadas pelo eixo frontal, diferentemente de quando o mesmo equipamento simplesmente transita descarregado por um determinado corredor. Portanto, cabe mencionar que, muitas vezes, os equipamentos de movimentação podem ser tão ou até mais nocivos para o piso que o próprio Sistema de Armazenagem.”
Os equipamentos anteriormente mencionados também demandam outro requisito de desempenho de grande importância para os pisos de armazéns: A resistência superficial à abrasão e o tratamento das juntas – sejam construtivas ou não. Quando estes aspectos são negligenciados pela empresa, uma deterioração precoce do piso pode se manifestar, gerando riscos à segurança do armazém.
Portanto, é fato que a constante evolução tecnológica dos equipamentos de movimentação está cada vez exigindo mais dos pisos – tanto em termos de tolerâncias e práticas construtivas, como para a resistência mecânica e a aptidão à abrasão.
Características construtivas: Fundamentais para ter um bom piso no armazém
Além da movimentação de máquinas e tipo de armazenamento, outra mística recorrente para ter o piso considerado ideal está em atribuir a resistência do mesmo à dimensão da espessura da camada de concreto.
Por exemplo: um piso de 15 cm de espessura é mais resistente que um piso de 10 cm de espessura.
Essa afirmação não está incorreta, já que as características construtivas do piso são de fato relevantes para o seu desempenho. Entretanto, há um elemento que influencia diretamente na capacidade de suporte do mesmo e merece total atenção!
Estamos falando do subleito. Essa é a camada de solo natural que se situa nas porções inferiores da sub-base, (definida como um lastro de solo, de espessura determinada, tratada no processo construtivo do piso).
Um piso de um armazém nada mais é que uma camada de concreto – de resistência específica, que pode ser simples, armado, protendido, com fibras de constituição variável ou ainda uma combinação destes – normalmente apoiada diretamente sobre o solo.
Sendo assim, é importante citar que o bom desempenho do piso é garantido também pela “resistência” do solo natural, característica intimamente ligada a fatores geológicos locais.
Sendo assim, não é possível garantir com exatidão que um piso de 15 cm é mais resistente que um piso de 10 cm, sem ponderar as características do concreto empregado (resistência e agregados construtivos) e das camadas de solo que suportam o mesmo.
Há, inclusive, situações onde a inaptidão do subleito (solo e subsolo) demandam a execução de pisos apoiados sobre as fundações profundas, como é o caso dos “Pisos Estaqueados”.
Melhor planejamento – essencial para sempre ter um bom piso no armazém
Por tudo que observamos até aqui, é possível concluir que as garantias acerca do desempenho de um determinado piso são influenciadas por múltiplas variáveis, algumas delas de tangibilidade complexa. O desconhecimento destas pode resultar na impossibilidade de se compreender os limites reais do mesmo.
Portanto, o desafio de se analisar um piso antigo existente ou de se avaliar um piso novo executado sem a prévia realização de todo estudo requerido e desamparado de projeto, são semelhantes. Em ambos os casos, faz-se necessária a prática de uma invasiva Engenharia Reversa, que consiste basicamente na caracterização do piso, do solo e do subsolo.
Durante a realização das assessorias de Inspeção de Sistemas de Armazenagem – ISA, os técnicos da ISMA comumente identificam pisos de armazéns com fissuras, recalques e desplacamentos, inclusive com capacidade de interferir nos níveis de segurança do local.
A correção destas patologias, quando e se possível, costumam ser onerosas, demandar tempo e impactar muito nas operações. Sendo assim, antes de construir um armazém, entenda como o espaço será utilizado, planeje o layout do Sistema de Armazenagem e pesquise quais as especificidades operacionais serão requeridas.
Atualmente, dispõe-se de materiais, métodos e tecnologias construtivas que, quando bem empregados, conseguem resultar em um piso de desempenho elevadíssimo a um excelente custo-benefício.
Embora a ISMA não possa arbitrar sobre a resistência do piso do armazém, a “Planta de Cargas” oriundas dos Sistemas de Armazenagem, elaborada pelo Departamento de Engenharia com base no layout projetado, possibilita uma otimização da concepção do mesmo.
Os clientes da ISMA, que têm a oportunidade de empregar as informações mencionadas já na fase de projeto do armazém, relatam ter experimentado uma redução no custo global do piso.
Um bom projeto desta disciplina resulta no piso ideal, que consiga proporcionar economia para a sua obra, longevidade para a sua edificação e garantias de uma operação segura e continuada.
Sendo assim, caso você tenha quaisquer tipos de necessidades, fale com a ISMA. Somos uma empresa com décadas de experiência no projeto, fabricação e montagem de Sistemas de Armazenagem e estamos prontos para atendê-lo.
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