O KPI de logística tem um papel fundamental na gestão da cadeia de suprimentos ao otimizar toda a operação logística. Sendo indicador-chave para melhorar resultados, permite avaliar o desempenho de diferentes aspectos e áreas do setor.
Então, qual é o melhor KPI de logística para usar? Existem algumas métricas fundamentais. Seja para medir os gastos, analisar a efetividade do setor ou validar um plano de expansão, eles sempre trazem insights e pontos de melhoria, de modo a tornar o setor mais eficiente.
Inclusive, uma pesquisa apresentada ao Ministério da Educação – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, mostrou esses resultados na prática. Os pesquisadores do curso de engenharia de transporte concluíram que:
“[…] Uma organização que usa a ferramenta dos indicadores para fundamentar decisões pode produzir, a médio e longo prazo, diversos benefícios, como: redução de custos, aumento da produtividade e da satisfação do cliente, que refletem a qualidade da empresa”.
O que é um KPI de logística
KPI é a sigla para Key Performance Indicator. Na tradução, os gestores falam em “indicadores de desempenho” ou “indicadores-chave”. Portanto, são métricas que medem o sucesso dos processos operacionais internos de uma empresa. Nesse caso, da logística.
A partir das informações e relatórios, líderes tomam melhores decisões. Esse é um objetivo que faz parte do conceito data-driven, decisão baseada em dados. Ele auxilia, por exemplo, na compra assertiva de equipamentos, contratação de colaboradores e assim por diante.
Uma analogia bem interessante é observar o KPI como um termômetro. Simples: se a temperatura está alta, será preciso agir para reverter ou melhorar o cenário. Por outro lado, se está baixa, há bons indicativos e a indicação de que o processo está funcionando.
Além de ser uma opção para diagnosticar problemas a serem resolvidos, os indicadores também permitem melhorias de modo a tornar o setor mais rentável. Como eles fazem isso? Trazendo consequências positivas a partir da melhor orientação das equipes e recursos:
- Redução de custos;
- Aumento da eficiência operacional;
- Melhora da experiência do cliente;
- Identificação das oportunidades do mercado.
Um exemplo é o índice de precisão no picking (separação de pedidos). Ele mostra a eficiência da etapa de preparação. Logo, quanto mais próximo de 100%, maior a probabilidade de entregar produtos rapidamente e com qualidade. Veja mais detalhes sobre os KPIs.
Os principais KPIs de logística
A verdade é que uma boa gestão não faz análise de um único KPI de logística. O ideal é ter uma visão geral de todas as áreas e utilizar os mais variados cálculos. Sabendo disso, separamos os principais KPIs a partir de áreas.
Importante saber que a ideia dessa estrutura é apenas a de facilitar a leitura. Portanto, considere que cada indicador pode ser integrado em duas ou mais áreas.
Foco na gestão do estoque
Um dos principais KPIs é a taxa de precisão de estoque. Como o nome sugere, é um indicador que mede a precisão do estoque comparando com os registros do sistema. Dessa forma, é importante para evitar a falta ou o excesso de mercadorias armazenadas.
Ainda sobre esse tema, outro KPI de logística interessante é o que mede o nível de estoque de segurança. Ele é usado para empresas que precisam de estoque adicional para lidar com períodos de flutuação ou problemas na cadeia de suprimentos.
A métrica das encomendas despachadas dentro do prazo considera o indicador a partir da data do envio da mercadoria. Ou seja, é ideal para saber o tempo de escoamento dos produtos até a transportadora.
O Índice de Desempenho de Armazéns (Warehouse Performance Index) avalia o desempenho dos armazéns com relação ao estoque, pedidos e produtividade operacional. E o giro de estoque mede a taxa de rotatividade dos produtos no estoque.
Foco na armazenagem
O processo de armazenagem é integrado com estoque, transporte e outros. Nesse contexto, alguns KPIs são bastante interessantes para avaliar essa etapa. O primeiro deles é o índice de precisão no picking, que indica o quanto a atividade da operação está sendo produtiva.
O índice de avarias e extravios é um dos que mais “impressionam” os gestores. Isso porque os resultados podem apresentar vários problemas no armazenamento, gerando prejuízos significativos para o setor e toda empresa.
A conferência do inventário tem relação com o estoque também. Porém, é interessante ver como a armazenagem correta contribui com ele. Isso porque, ao ter um layout organizado e eficiente, todo o processo de conferência é facilitado.
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Foco no transporte
O estudo que mensura a eficiência de transporte é interessante para avaliar os recursos de cargas máximas, rotas eficientes e a minimização dos quilômetros vazios. Pode usar como base os custos de transporte, que avaliam o valor do frete e receita gerada na venda.
Tem outro KPI que não é focado apenas no transporte, mas se relaciona diretamente com ele: sustentabilidade logística. A ideia é avaliar o impacto ambiental de toda a operação, incluindo:
- Emissões de carbono;
- Consumo de energia;
- Uso de recursos.
Foco nos custos
O principal indicador é o de custo logístico total. Toda indústria deve avaliar custos para se tornar mais competitiva. Nesse caso, uma somatória de gastos com transporte, armazenamento, embalagem e gerenciamento de pedidos.
Outro é o custo por pedido, que faz o cálculo monetário sobre cada pedido que a empresa recebe. O dado é interessante porque soma às várias etapas, do armazenamento ao envio da mercadoria para o cliente final.
Tem o Índice de Desempenho de Fornecedores (Supplier Performance Index). Nesse caso, para analisar os fornecedores, de modo a considerar não apenas os custos, mas todo relacionamento. Isto é:
- Pontualidade das entregas;
- Qualidade dos itens;
- Contratos.
Foco no consumidor-final
O primeiro é o que mede a taxa de entrega no prazo (On-time In-full). É um KPI que avalia a capacidade de entrega de produtos aos clientes dentro do prazo e com a qualidade esperada. O principal objetivo é minimizar atrasos e erros durante a cadeia.
Nessa mesma linha, há outro indicador interessante, o de tempo de ciclo de pedido. Ele serve para medir o tempo desde o que um pedido é feito até o momento que a entrega acontece. Obviamente, quanto menor ele for, maior a satisfação do cliente.
Também avaliando a experiência do cliente, a taxa de retorno de produtos. Sobre a porcentagem de produtos devolvidos pelos clientes. Se a taxa é alta, há um problema a ser resolvido, podendo ter relação com a qualidade ou atendimento.
A taxa de pedidos retidos mede a proporção dos pedidos que tiveram problemas para serem entregues. Por exemplo, devido ao estoque insuficiente, a qualidade inadequada ou com relação ao crédito.
KPI de logística além da teoria
Qualquer KPI de logística será interessante quando aplicado. O que adianta saber dos gargalos ou desafios do setor, se não for para solucioná-los? Portanto, podem ser vistos como ferramentas de análise (meio) que levam a um objetivo (fim).
Uma pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina estudou o assunto. “Coletar dados, medir, analisar, controlar e revisar informações exige trabalho e interesse, porém, em contrapartida, os benefícios são significativos”, ela concluiu.
E sem se esquecer de que “contra dados não há argumentos”. Sim, uma adaptação de outra frase conhecida com um novo viés: data-driven e a tomada de decisão mais assertiva, sem achismos ou “feeling”. É a criação de estratégias baseadas em métricas!
Essas estratégias acontecem a partir dos sistemas de armazenagem corretos para cada tipo de negócio, permitindo a maximização dos resultados dos KPIs. Eles estão relacionados à agilidade, organização, segurança dos itens e das pessoas.
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