O sistema de picking é uma expressão rotineira na vida dos profissionais de Supply Chain. Afinal, seja para ter um setor mais ágil ou alavancar as vendas, a fase de separação de pedidos é determinante no sucesso do objetivo. Portanto, a criação de um picking estruturado que atenda a demanda do negócio se faz necessária.
Mas, o que é picking, como funciona e para que serve? Após entender a importância do tema, com certeza, a sua logística empresarial será mais rápida e produtiva.
E todas as vantagens internas relacionadas ao picking levam sua gestão a um novo patamar, focado na experiência do cliente. Logo, a prática merece atenção — porque pode tornar a empresa mais competitiva.
O que é o sistema de picking?
O sistema de picking ou order picking envolve a seleção e coleta dos produtos armazenados para atender às demandas dos clientes ou para outros fins, como a preparação de pedidos de produção.
O picking é um processo que envolve várias etapas logísticas: da separação da mercadoria até o despacho. Ou seja, logo após a realização da venda ou pedido, os envolvidos devem encontrar o produto no estoque e enviá-lo ao responsável.
A principal vantagem do sistema é otimizar o processo. Logo, os resultados podem ser notados a partir da melhor organização do estoque, do aumento de faturamento e da satisfação dos clientes.
Ainda com base na definição, temos 3 tipos de sistemas de picking. O primeiro é o pick to light, onde há luzes para indicar a localização dos itens. Depois, o voice picking, com aparelhos de comunicação para orientar os operadores na coleta.
O terceiro, e mais comum no Brasil, é o picking manual. Nesse caso, o “homem-ao-produto”, como também é conhecido. Ele funciona de modo que operadores atuem em todas as etapas, da entrada à saída das mercadorias.
Como funciona o sistema de picking?
O sistema de picking funciona por meio de etapas. Ainda que pareça um processo rápido e blindado de erros, há chance de falhas em grandes armazéns ou no grande volume de itens.
Por isso, cada lugar deve ter a própria rotina, inclusive pequenos estoques. Metodologias, ferramentas e estruturas apropriadas vão garantir que os objetivos sejam alcançados.
Recebimento
Com ou sem ajuda da tecnologia, a primeira etapa é o recebimento das mercadorias vindas dos fornecedores. Atualmente, é indicado o investimento em um sistema WMS, que otimize os percursos dos operadores para dar entrada nos produtos e fazer a armazenagem deles.
Armazenagem
Ainda considerando a entrada dos produtos, após recebê-los, o próximo passo é armazená-los com base no método usado. Um deles, mais conhecido, é o FIFO (First In, First Out — ou seja — primeiro a entrar, primeiro a sair), mas existem outros. Também deve-se considerar as melhores estruturas para guardar as mercadorias.
Localização
Na sequência, existe a parte da saída dos itens. Ao receber um pedido de venda ou produção, o operador deve fazer a localização dos produtos.
É uma das etapas que consomem mais tempo e, por isso, ter sistemas de armazenagem eficientes é muito interessante.
Coleta
A partir disso, ocorre a coleta do produto. Nesse ponto, pode ser necessário o uso de equipamentos, como empilhadeiras e transpaleteiras.
Expedição
Por fim, vem a expedição, quando esses produtos são enviados para os clientes, no caso das vendas; ou áreas internas, quando são usados para produções próprias.
Aqui também acontece, possivelmente, o packing (uma área onde os produtos são embalados para envio).
Documentação
Importante lembrar que todo processo logístico deve ter uma documentação completa. Até porque auxilia na identificação do ciclo de reposição do estoque.
Assim como é necessária por uma questão fiscal-tributária, caso a nota seja emitida por meio de tecnologias automatizadas.
Quais as modalidades de picking?
Antes de apresentar as modalidades, é preciso lembrar que o método deve ser escolhido a partir das características de cada negócio, como porte e área de atuação.
Picking discreto
É uma modalidade onde um único funcionário realiza todo o processo em cada novo pedido recebido, de forma unitária. A vantagem é que reduz as chances de erros na separação das mercadorias.
No entanto, não é tão difícil imaginar a desvantagem: o tempo de demora é maior. Isso porque um único operador de picking precisa se deslocar em várias etapas.
Picking por lote
É uma modalidade de picking que funciona de forma mais ágil do que a anterior. Especialmente se as empresas trabalham com alto volume de vendas e/ou com baixa variedade de produtos.
Nesse caso, o operador aguarda até que determinado volume de pedidos se acumule para iniciar o trabalho. O problema é que, mesmo aumentando a produtividade, aumenta-se a chance de erros — se não houver um bom controle de processos.
Picking por onda
No picking por onda, o profissional seleciona um período, em horários ou turnos, para acumular os pedidos e realizá-los de uma única vez, em uma única “onda”.
É importante notar que, apesar de parecer uma pequena alteração no conceito, isso significa um trabalho com mais chances de ter melhor produtividade.
Picking por zona
Mais uma estratégia para o sistema é o picking por zona, onde há uma divisão por áreas. Cada uma atende a uma determinada categoria de itens, com equipes destinadas para elas.
Logo, após a formalização da venda ou pedido, cada zona faz a separação dos seus itens. O tempo de deslocamento é menor, porque existem profissionais em cada área. Entretanto, existe o risco de erros mais elevado.
Bucket brigades
Nesse caso, uma maneira mais nova no mercado é o sistema automatizado, com o intuito de não sobrecarregar um operador ou equipamento.
Ao mesmo tempo, busca a segurança para chegar à capacidade máxima da operação. O conceito tem sido usado por grandes empresas, a partir de análises e autoajuste. Entre as vantagens, a agilidade é a principal.
Para que serve o sistema de picking?
Após entender o conceito de sistema de picking e ver as modalidades disponíveis, vem a pergunta: qual a finalidade de ter a separação de pedidos mais eficiente? Nesse tópico, confira os principais motivos para aplicar a estratégia.
Processos organizados
A primeira vantagem tem a ver com a organização de todo o processo logístico interno. Esse sistema permite que as mercadorias sejam facilmente encontradas e enviadas para expedição.
Também é importante mencionar que a organização soma em toda a estrutura do setor: computadores, equipamentos e armazenagem. Por exemplo, é possível entender o armazenamento mais apropriado para o espaço disponível.
Automatização de pedidos
Outro motivo é a chance de automatizar os pedidos recebidos, sejam das vendas ou produções. Esse é um passo importante na transformação digital da empresa, essencial para negócios que atuam na internet e/ou negociam em grande volume.
Atualmente, há soluções completas para o crescimento da empresa e com foco na administração do estoque. Entre os benefícios desses softwares, destaca-se a redução de taxas de retrabalhos, integração de áreas e redução de custos.
Entrada de produtos
A entrada dos produtos no estoque é a etapa inicial de todo o processo. O que significa que precisa acontecer de modo consistente, atualizado e sem chances de erro. Assim, os produtos serão mais facilmente encontrados depois.
Nesse momento, vale a pena se atentar para detalhes, como código de barras, quantidades e localização. Também é interessante contar com os sistemas de armazenagem que facilitem a alocação dos itens para agilizar as etapas seguintes.
Histórico de saídas
Descobrir os produtos que mais saem é decisivo na tomada de decisão do gestor, da criação de campanhas de vendas e assim por diante. Além de ser uma informação importante para organização pensando em locais de fácil acesso.
Lembre-se que o sistema de picking deve ser eficiente. Por isso, pequenas iniciativas fazem muita diferença no dia a dia de trabalho.
A organização do estoque é necessária para diminuir o tempo de busca e melhorar a experiência do cliente.
Como as estruturas melhoram o sistema de picking?
O uso de estruturas eficientes no estoque melhora o processo de picking porque permite mais rapidez nas etapas. Algumas opções possibilitam o aumento da capacidade de espaço para mercadorias estocadas, também.
A afirmação foi publicada em um estudo da ABEPRO (Associação Brasileira de Engenharia de Produção).
Nele, diz que é possível “melhorar o processo de separação de produtos através da mudança na execução da atividade de picking, padronizando o processo conforme o tamanho do Centro de Distribuição”.
Ao ter informações sobre a saída de produtos, é possível criar um layout no seu estoque para beneficiar o giro desses itens. E, ao permitir o acesso mais fácil, reduz a distância percorrida pelo operador, otimizando o trabalho.
O estoque de produtos com mais saídas pode ser feito a partir de estruturas que permitam a alocação e movimentação das cargas. Portanto, o sistema de armazenagem melhora a organização e aumenta a produtividade do setor.
Um ótimo exemplo vem do Flow Rack, uma dessas estruturas. Ele é indicado para pequenos volumes, mas com alta rotatividade.
Então, os produtos se movem pela força da gravidade, aplicando o método FIFO (o primeiro a entrar é o primeiro a sair). Ou seja, automatiza parte do trabalho.
Para quem atua no Supply Chain e ainda não sabe como estruturas podem ser determinantes para um sistema de picking eficiente, conheça as soluções de armazenagem ISMA, como Flow Rack, Porta-Paletes, Estanteria e mais.