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Upstream e Downstream: entenda a relação com a logística

upstream e downstream

Os termos upstream e downstream são bastante relevantes, especialmente quando as empresas reconhecem o poder estratégico da logística. 

Eles permitem ganhos de previsibilidade de entregas, otimização de tempo com as demandas e uma operação mais otimizada.

Afinal, são muitas as atividades e os processos de uma indústria, de modo que alguns acontecem antes da produção ou venda ao cliente, enquanto outras são após isto.

A ideia deste conteúdo é mostrar essa diferença entre os conceitos, assim como o impacto que têm no fluxo de trabalho.

O que é Upstream e Downstream?

Um jeito de entender o conceito de upstream e downstream é descobrindo o significado das expressões. Então, vamos lá:

  • Upstream indica algo como subindo o córrego (rio acima);
  • Downstream é o mesmo que descendo o córrego (rio abaixo).

O problema é que essa tradução literal pode não fazer muito sentido. Por isso, é importante contextualizarmos de alguma forma, por exemplo, com o mercado de logística:

  • Upstream é sobre validar ideais antes de aplicá-las;
  • Downstream é sobre as etapas seguintes ao upstream.

Assim, fica fácil entender, não acha? E podemos aprofundar um pouquinho mais…

Em um primeiro momento, temos o que também é chamado de “discovery”, ou seja, a descoberta das demandas, necessidades e prioridades de clientes e operações.

Na sequência, vamos para um verdadeiro “mão na massa”. Ou seja, acontece quando direcionamos as ações que precisam ser executadas na prática, indo além da teoria.

Então, qual a diferença entre upstream e downstream?

Se ainda restou alguma dúvida, considere que upstream tem a ver com as fases iniciais de um processo e o downstream engloba a sequência disso, a partir da produção. Logo:

  • Upstream: explora ideias > estratégico > todas as áreas;
  • Downstream: executa ideias > operacional > time de desenvolvimento.

Então, também é sobre pesquisar, analisar e testar, sendo que a partir das informações e priorizações permite-se definir as melhores estratégias executáveis.

O ponto interessante é notar que o sucesso do downstream – e da operação toda, exige qualidade nas fases anteriores, a partir de um upstream bem-planejado e conduzido.

Upstream, midstream e downstream?

Alguns setores, tal qual o de petróleo, têm operações divididas em três partes – e não duas. Assim, inclui-se o midstream (meio do caminho), entendido da seguinte forma:

  • Upstream: cadeia produtiva que antecede o refino;
  • Midstream: refino (matéria-prima é transformada em produto para uso);
  • Downstream: parte logística e de transporte.

Esse estudo tem sido muito aplicado como metodologia ágil por professores e pesquisadores da área de Design Thinking, já que permite “refinar” ideias ou produtos.

Outra analogia é pensar em um funil, no qual o upstream inicia fazendo o filtro de muitas ideias, o midstream faz as priorizações e o downstream cria ações focadas.

Upstream e Downstream no fluxo de trabalho logístico

fluxo de trabalho logístico

A partir do conceito anterior, fica mais fácil entender que upstream e downstream são importantíssimos no fluxo de trabalho, da validação de ideias à aplicação delas. 

Com ambas estratégias é possível otimizar o processo, criando uma conexão progressiva:

  • Enquanto o upstream amadurece e define as atividades;
  • O downstream foca em finalizar as etapas e entregar o resultado.

Só que para que essas estratégias aconteçam de maneira assertiva, elas devem conectar áreas. Afinal, é estratégica, exigindo a participação de todas as áreas do negócio.

O que muda é que o downstream, focado no operacional, poderá ter um viés mais direcionado aos times de desenvolvimento, como em uma passagem de bastão.

Aplicando o upstream e downstream nas empresas

Neste tópico, entenda esses conceitos no dia a dia das empresas. Vamos definir as principais atividades de cada um, confira.

Upstream

Pensando na logística, o upstream lida com tarefas que antecedem a produção da cadeia de suprimentos ou à entrega dos produtos aos clientes. 

  • Compra de matérias-primas e componentes;
  • Transporte e armazenamento em armazéns e depósitos;
  • Gestão de fornecedores e relacionamento;
  • Planejamento de produção, incluindo o controle de estoque;
  • Controle de qualidade de insumos e materiais.

Tudo isso tem um papel fundamental na redução de custos logísticos e na otimização do transporte, estoque e contratos. O que reflete em decisões mais estratégicas.

Downstream

Ainda que não exista um único passo a passo, assim como no upstream, aqui também temos uma linha de raciocínio lógico, que pode ser ordenada da seguinte forma:

  • Processamento ou refinamento de matérias-primas;
  • Distribuição, transporte e logística;
  • Estratégias de marketing, publicidade e vendas;
  • Serviço de atendimento e suporte ao cliente.

Lembrando que o downstream conecta a produção com o mercado e, portanto, deve garantir que os produtos estejam sempre disponíveis em alta qualidade.

Cases de sucesso ISMA

Como ter sucesso nas estratégias upstream e downstream?

As atividades upstream impactam nas operações downstream. Então, o que fazer para que ambas aconteçam da melhor forma, de maneira eficiente?

Existem algumas dicas de gerenciamento que contribuem nesse aprendizado. Veja-as.

  • Objetivos claros com metas mensuráveis;
  • Análise de riscos e oportunidades;
  • Gestão de materiais na cadeia de suprimentos;
  • Revisão e otimização das tarefas;
  • Investimento em tecnologia e automação;
  • Logística eficiente;
  • Uso de dados em estratégias de marketing;
  • Comunicação assertiva e colaborativa entre os times;
  • Foco na experiência do consumidor. 

Portanto, entenda que upstream e downstream exigem uma melhoria contínua dos colaboradores, a fim de se adequarem às demandas do mercado e aos processos.

As tendências no upstream e downstream

Em toda indústria, as principais tendências passam pela tecnologia, especialmente, com relação à logística 4.0. O que não é diferente no upstream e downstream. 

Portanto, inteligência artificial e machine learning são conceitos que fazem parte dessa estratégia, permitindo avaliar grande volume de dados para gerar padrões e insights.

Mas, observe que não é apenas sobre acelerar o processo de validação de ideias, mas também sobre atuar na correção de falhas, economizando tempo e recursos.

Essas informações são valiosas na tomada de decisão dos gestores e diretores, visando eficiência operacional em qualquer atividade do processo.

Por exemplo, muitas empresas não sabem, ainda, o que fazer para melhorar seus estoques, aumentar o espaço disponível, organizar os produtos, entre outras dúvidas.

Ao entender as atividades do upstream e downstream – e aplicar as tecnologias referentes a eles, é possível descobrir soluções eficientes, como no uso de estruturas de armazenagem.

Aliás, falando nisso, veja esse e-Book da ISMA e descubra o impacto da armazenagem de matérias-primas e produtos na sua empresa:

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