Nesta leitura, você vai entender o que é benchmarking e como a aplicação dele na logística pode impactar os resultados da empresa e a experiência do cliente.
Essa ferramenta é capaz de coletar informações importantes, que serão analisadas com base nas particularidades do seu negócio ou setor, permitindo decisões mais realistas!
Além disso, é uma das melhores formas de aperfeiçoar os processos logísticos, promovendo um movimento de melhoria contínua e adaptação às mudanças do mercado.
O que é benchmarking?
Uma explicação objetiva para entender o que é benchmarking é proposta pelo Sebrae:
“Ferramenta de análise de mercado baseada na comparação com outras empresas, observando processos, métodos, produtos ou serviços que funcionam em um modelo”.
O Leads2B pontua uma visão interessante relacionada à implementação dos benchs, como também são conhecidos, visando a ideia do ciclo de melhoria contínua nas operações:
“A prática identifica oportunidades de aprimoramento, reduz custos e direciona esforços para ofertas que promovam a satisfação e fidelização do cliente”.
Mas, qual o objetivo do benchmarking?
Entre os objetivos que se pode alcançar com o benchmarking, o Sebrae comenta um dos principais: “estratégia de planejamento para melhorar os resultados”.
No entanto, esse “melhorar resultados” é bastante amplo, podendo ser desdobrado em:
- Mapa de tendências do segmento;
- Oportunidades e ameaças do mercado;
- Estudo de cases de sucesso;
- Engajamento de colaboradores;
- Posicionamento no mercado;
- Promoção de aprendizados;
- Gestão com base em trajetórias;
- Melhoria nas tomadas de decisões.
No fim das contas, entre objetivos amplos e específicos, a importância do benchmarking se dá no sucesso empresarial. Ou, como disse Bill Gates, cofundador da Microsoft:
“O sucesso de nossa empresa sempre foi impulsionado por nosso compromisso com o benchmarking constante – comparando nosso trabalho com o melhor do mundo e aprendendo com ele”.
Quais os tipos de benchmarking?
Acabamos de ver que é possível atingir vários objetivos com o benchmarking, certo? E muito disso vem dos tipos que existem. Veja quais são e as principais características.
Benchmarking genérico
É sobre analisar pessoas, processos, ferramentas, tecnologias ou atividades da maneira mais clássica: buscando dados, analisando-os e alcançando pontos de melhoria.
Benchmarking funcional
Esse não é genérico, ao contrário, tem uma função específica e, por isso, foca em empresas concorrentes que atuam no mesmo setor ou tem objetivos semelhantes.
Benchmarking performático
Neste caso, o foco é a análise de desempenho dos concorrentes, de modo que os objetos de estudo costumam ser os KPIs, isto é, os indicadores de desempenho.
A partir das métricas, é possível mensurar os processos mais importantes e fazer as futuras comparações, por exemplo, de lucro, estoque, ticket médio, ciclo de vendas, etc.
Benchmarking interno
Essa opção é interessante porque permite a escolha de um processo ou atividade específica das empresas, visando aprendizados e otimizações.
Assim, é possível analisar o tempo médio de resposta dos atendimentos, descobrir sobre as tecnologias de gestão de estoque, conhecer estruturas de armazenamento, etc.
Benchmarking competitivo
O nome já sugere: uma ideia para estudar os resultados dos concorrentes, o que muda é que aqui não há a necessidade de ter uma conexão com essas empresas.
Então, há uma postura competitiva, priorizando os benefícios que se pode tirar dos processos executados por outros negócios.
Benchmarking cooperativo
Neste exemplo de benchmarking, temos um trabalho em equipe, ou seja, colaboração mútua das empresas, a fim de integrar e compartilhar visões.
É muito comum acontecer em startups, pensando em trocas criativas, de inovação e administração estratégica.
Agora, o que é benchmarking na logística?
É exatamente o que você está pensando: o benchmarking logístico está direcionado a esse setor, sendo um grande aliado dos gestores e gerentes que buscam a alta performance.
Portanto, é uma maneira de saber como o estoque, armazém, galpão, centro de distribuição ou qualquer ambiente logístico está posicionado no mercado – e onde pode melhorar!
Do ponto de vista operacional, o benchmarking logístico é atuante ao:
- Tornar o processo mais enxuto;
- Reduzir desperdícios em tempo e orçamento;
- Diminuir o lead time dos pedidos;
- Aumentar a qualidade dos serviços;
- Reduzir o índice de reclamações;
- Melhorar a experiência do cliente.
Portanto, vale a pena observar esse ciclo de melhoria, que começa numa mudança pontual em uma ação interna, de modo que impacta na satisfação do consumidor.
Por que aplicar o benchmarking na logística?
São vários resultados gerados nos benchs logísticos. Mas, considere que eles também são super interessantes por trazerem possíveis falhas e, logo, pontos de melhoria:
- Problemas com os inventários de estoque;
- Armazéns com layouts desorganizados;
- Possibilidades de otimização de espaço;
- Tempo de picking insuficiente;
- Observação sobre fluxos de pedidos;
- Falta de segurança na operação logística;
- Falhas em automação de sistemas e processos;
- Análises de custos logísticos;
- Diminuição da demanda por motivos desconhecidos.
Pensando nesses cenários, o que acontece? É possível identificar os problemas e, rapidamente, resolvê-los a partir de informações e referências reais.
No exemplo do layout desorganizado, uma otimização com estruturas mais adequadas pode ser uma virada de jogo para melhorar seu setor – em espaço e resultados!
Quais KPIs usar no benchmarking?
São muitas métricas existentes na logística que validam o desempenho das operações. E todas podem ser usadas nessa pesquisa de dados. No entanto, algumas são mais comuns:
- Inventory Accuracy para saber os motivos das rupturas nos estoques;
- On Time Delivery, sendo que mostra a eficiência dos pedidos entregues,
- Warehouse Capacity que indica a porcentagem de espaço disponível.
E falando em espaço, estoque e otimizações, veja este resultado:
Ah, vale a pena lembrar que as novas tecnologias da logística 4.0 são fundamentais nesse processo, especialmente, na hora de fazer avaliações e comparações.
Quais os benefícios do benchmarking na logística?
Da gestão de materiais ao atendimento ao cliente, há muitos benefícios do benchmarking logístico. Além disso, há insights valiosos, por exemplo:
- A chance de se inspirar em práticas de sucesso;
- Usar um estudo detalhado na obtenção de referências;
- Aprimorar os processos internos do setor;
- Identificar as novas tendências do mercado;
- Criar planos logísticos modernos.
Uma sugestão do Sebrae, citado antes, é sobre a manutenção ou ganho de competitividade no mercado, mesmo naqueles mais acirrados:
“[…] Analisar essas questões para identificar os espaços vazios no mercado que precisam ser preenchidos e verificar o que pode ser feito para conquistar seu cliente”.
Como fazer uma análise de benchmarking logístico?
Ainda mencionando o Sebrae, saiba que há várias maneiras de fazer um benchmarking:
- Pesquisa de campo;
- Pesquisa em base de dados;
- Participação em eventos.
Isso explica o que diz a FIA, “o benchmarking não é uma mera cópia do planejamento e da gestão alheia. […] É preciso identificar as estratégias e adaptá-las ao seu contexto”.
Então, como aplicar o bench na empresa? Existem alguns passos fundamentais:
- Escolha as empresas que serão monitoradas;
- Define quais indicadores de análise serão usados;
- Faça a coleta de dados e informações;
- Compare e analise tais resultados;
- Identifique os pontos de melhoria.
Sendo assim, fica fácil entender que é preciso criar um processo individual – afinal, seu concorrente pode ser o mesmo de outras empresas, mas a sua gestão é única!
Antes de terminar a leitura, saiba também quais as etapas e pilares do benchmarking.
Quais as etapas do benchmarking?
Ainda que existam formas diferentes de aplicar e analisar, o processo costuma seguir um mesmo roteiro, a partir de etapas:
- Diagnóstico: indica a realidade da sua empresa e as estratégias dela;
- Pesquisa: é sobre a busca por informações em várias fontes e referências;
- Análise: estudo abrangente das práticas utilizadas no mercado;
- Interpretação: responde como esses dados serão úteis ao seu negócio;
- Otimização: nada mais é do que a aplicação das práticas.
É interessante saber que cada teoria ou guia vai indicar algumas mudanças nesse roteiro e, inclusive, isso é assertivo quando você considera as especificidades do seu negócio.
O importante é entender esse movimento: coletar dados > analisá-los > tomar decisões!
Quais os pilares do benchmarking?
Ao mesmo tempo, esse olhar para fora do negócio é um exercício que envolve pilares fundamentais no sucesso da ferramenta. Conheça os principais.
- Legalidade, principalmente com relação à LGPD;
- Reciprocidade, especialmente no modelo cooperativo;
- Comparação, visando analisar os resultados de forma prática;
- Adaptação, já que cada empresa tem suas particularidades.
Ou seja, sabemos que sempre é possível melhorar algum processo, atividade, ação, ferramenta, estrutura… E o benchmarking ajuda a direcionar essa decisão.
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