Nos centros de distribuição, fábricas e armazéns, a segurança estrutural tornou-se uma preocupação cada vez maior. O colapso de uma estrutura de armazenagem – como um porta-paletes – não é apenas um risco à integridade do estoque, mas também à vida dos trabalhadores. Quedas de estruturas podem causar ferimentos graves e até fatalidades, além de paralisar operações e gerar prejuízos financeiros. Em alguns casos, acidentes desse tipo resultam em ações trabalhistas e multas por descumprimento de normas de segurança.
Diante desses potenciais impactos humanos e financeiros, empresas brasileiras têm redobrado a atenção na prevenção de sinistros em armazenagem, buscando conformidade normativa e práticas proativas de manutenção.
Paralelamente, houve um reforço nas exigências normativas relacionadas à segurança das estruturas de armazenagem. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) lançou a NBR 17150:2024, com diretrizes abrangentes para projeto estrutural, tolerâncias, deformações admissíveis e folgas em sistemas de armazenagem. Essa norma, em junto à europeia UNE EN-15635:2008, estabelece parâmetros técnicos para o uso e inspeção de armazenagem, alinhando o Brasil às melhores práticas internacionais.
Cumprir essas normas não é apenas questão de atender a uma obrigação legal, mas de prevenir acidentes e proteger vidas e patrimônio. Falhas estruturais podem ter consequências catastróficas, e os casos recentes vêm demonstrando o alto custo da negligência nesse âmbito. Assim, a inspeção periódica das estruturas de armazenagem desponta como uma medida fundamental para garantir a segurança e a continuidade operacional em instalações logísticas.
Responsabilidade do usuário e normas de inspeção
Uma pergunta comum é: de quem é a responsabilidade pela inspeção das estruturas de armazenagem? As normas técnicas deixam claro que o usuário/proprietário do sistema de armazenagem tem um papel central nessa tarefa.
De acordo com a NBR 17150:2024 (em harmonia com a EN 15635:2008), cabe ao proprietário assegurar que a estrutura seja utilizada e mantida de forma segura, realizando inspeções regulares e acionar especialistas quando necessário. Em outras palavras, a norma orienta desde a fase de projeto e montagem até a utilização e inspeção das estruturas, mas a execução dessas inspeções no dia a dia é atribuída ao usuário.
Isso significa que a empresa dona do armazém deve designar responsáveis internos pela segurança da estanteria – muitas vezes chamados de PRSES (Person Responsible for Storage Equipment Safety) em referência à nomenclatura da EN 15635. Esses responsáveis precisam garantir que todos os danos ou irregularidades nas estruturas sejam prontamente identificados, registrados e corrigidos. A própria norma enfatiza que todos os danos devem ser identificados e corrigidos sem demora. Também estabelece que, havendo avarias graves, o proprietário deve acionar o fabricante do sistema e, se necessário, contratar uma avaliação especializada.
A responsabilidade do usuário não se resume ao cumprimento burocrático das normas, mas sim à proteção das pessoas e do negócio. O texto normativo ressalta que o usuário do sistema é responsável por manter condições seguras de trabalho ao redor da estrutura, zelando pela segurança dos trabalhadores que circulam nas proximidades.
Cabe ao proprietário realizar análises de risco e tomar providências diante de qualquer dano significativo, uma vez que um componente estrutural avariado pode comprometer seriamente o fator de segurança do projeto e a capacidade de carga da estante. Em casos extremos, um dano não tratado pode levar ao colapso parcial ou total do sistema horas ou até dias após o incidente inicial – ou seja, nem sempre o colapso é imediato, o que pode dar uma falsa sensação de segurança se a inspeção for negligenciada.
Tipos de inspeção de armazenagem e a importância da rotina
Para atender a essas exigências e manter a segurança ao longo do tempo, as inspeções em sistemas de armazenagem devem ocorrer em diferentes frequências e profundidades. As normas e boas práticas sugerem um plano de inspeções escalonado, que inclui verificações diárias, semanais, mensais, anuais e inspeções extraordinárias. Cada uma tem um propósito específico dentro de um programa abrangente de manutenção preventiva:
Inspeções diárias: realizadas no dia a dia da operação, geralmente pelos próprios operadores durante a movimentação de materiais. Têm foco em detectar anomalias facilmente visíveis, tais como colunas ou longarinas deformadas, falta de alinhamento vertical evidente, paletes avariados ou mal posicionados, entre outros sinais claros de irregularidade. Essas observações rotineiras, feitas in loco durante o trabalho, garantem que problemas aparentes sejam notados de imediato – por exemplo, um montante torto após um impacto – de modo que possam ser comunicados aos responsáveis antes de se agravarem.
Inspeções semanais: consistem em uma verificação mais sistemática, cobrindo especialmente os níveis inferiores da estrutura (até o segundo nível de racks) e pontos sujeitos a esforços maiores. Semanalmente, é recomendado conferir a verticalidade e retidão da estrutura em seus trechos mais usados, inspecionando elementos de ligação, bases e fixações visíveis, e notificando quaisquer danos encontrados para análise e providências. Essa frequência permite identificar e corrigir cedo danos que possam ter passado despercebidos na correria diária, mas que já representam riscos se acumulados ao longo de vários dias.
Inspeções mensais: de âmbito mais amplo, cobrem todos os níveis da estrutura e uma revisão geral das condições do armazém. Além de verificar novamente o alinhamento vertical de toda a instalação, a inspeção mensal inclui checar a organização e limpeza do ambiente, condição dos paletes e sinalizações, e efetuar a notificação formal de quaisquer problemas detectados. Essa inspeção documenta sistematicamente os achados – consolidando as observações das inspeções rotineiras – e prepara a base para eventuais manutenções ou para a inspeção anual.
Inspeção anual: trata-se de uma inspeção técnica especializada, conduzida por profissional habilitado e preferencialmente externo (engenheiro ou técnico especializado em estruturas de armazenagem). O inspetor anual realiza uma avaliação completa de todos os elementos da estante, revisando os pontos observados nas inspeções de rotina e indo além, com medições precisas de deformações, verificação de aperto de fixações e análise estrutural conforme critérios normativos.
Todos os danos identificados são então notificados, documentados e qualificados quanto à sua severidade. O resultado desta inspeção anual é geralmente um relatório técnico detalhado, acompanhado de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) emitida pelo profissional, atestando as condições de segurança do sistema.
Inspeções extraordinárias: ocorrem fora da cadência regular sempre que um evento excepcional potencialmente danoso acontece. Por exemplo, após a colisão de uma empilhadeira contra a estrutura, após um incêndio nas proximidades, um terremoto (em regiões suscetíveis) ou qualquer incidente anormal que possa comprometer a integridade do porta-paletes. Nesses casos, não se espera até a próxima frequência regular – a inspeção extraordinária é imediata e focada em avaliar os impactos daquele evento específico, garantindo que a estrutura só continue em uso se estiver segura.
Entre todas essas, merece destaque a inspeção de rotina – englobando as atividades diárias e semanais. É nas rotinas do dia a dia que pequenos danos tendem a ocorrer (um pallet mal alocado, um toque de empilhadeira em uma coluna, etc.) e, se não forem percebidos, podem evoluir para problemas graves. Estudos de caso indicam que devido à dinâmica agitada dos armazéns, muitos danos podem passar despercebidos pela equipe operacional, o que compromete o monitoramento das estruturas e a segurança dos produtos armazenados.
Por isso, as normas recomendam que a avaliação de danos seja feita elemento por elemento da estrutura, comunicando-se prontamente ao gestor local e ao fabricante quaisquer avarias significativas identificadas.
Capacitação interna: equipes treinadas, riscos reduzidos
Diante da responsabilidade normativa e da necessidade de inspeções frequentes, fica evidente o valor estratégico da capacitação interna. Contar com uma equipe própria treinada em inspeção de armazenagem traz múltiplos benefícios técnicos e operacionais para a empresa. Primeiramente, reduz-se a dependência exclusiva de terceiros: embora a inspeção anual deva ser conduzida por especialista externo, as inspeções rotineiras podem (e devem) ser realizadas pela própria equipe do armazém, devidamente orientada.
Com treinamento, os profissionais internos desenvolvem um “olhar clínico” para identificar danos incipientes e condições inseguras na estrutura, muitas vezes conseguindo intervir de forma preventiva antes que a situação se agrave.
Essa autonomia técnica aumenta drasticamente a velocidade de resposta a quaisquer avarias. Por exemplo, se um funcionário nota que uma coluna foi atingida por uma empilhadeira e sabe, por treinamento, avaliar a gravidade do dano, ele pode isolar imediatamente a posição de palete afetada e acionar a manutenção, em vez de continuar operando até a visita de um inspetor externo.
Assim, o tempo de exposição ao risco é minimizado. Em termos de redução de riscos, essa abordagem proativa se traduz em menos acidentes e incidentes: uma equipe consciente dos procedimentos de inspeção vai continuamente assegurar que pequenos problemas não se tornem grandes sinistros. Como resultado, a operação se torna mais segura e confiável, com maior segurança operacional no dia a dia.
Do ponto de vista gerencial, investir na capacitação interna também significa cultivar uma cultura de segurança. Os colaboradores passam a compreender a importância das normas e dos padrões técnicos, engajando-se ativamente na preservação dos equipamentos e instalações. Isso eleva o nível de cuidado com os ativos logísticos e promove disciplina operacional.
Vale ressaltar ainda o impacto financeiro positivo: ao prevenir falhas estruturais e prevenir perdas relacionadas a sinistros, a empresa evita gastos elevados com reposição de mercadorias danificadas, reparos emergenciais e interrupções de operação. Em resumo, o treinamento técnico in company empodera a equipe para ser a primeira linha de defesa contra acidentes, reduz os riscos de forma significativa e protege os resultados do negócio.
Treinamento ISA: conteúdo, base normativa e diferenciais da ISMA
Consciente dessa necessidade de capacitação, a ISMA – referência nacional em sistemas de armazenagem – desenvolveu o treinamento ISA (Inspeção de Sistemas de Armazenagem) como uma solução in company sob medida para seus clientes. Trata-se de um curso técnico intensivo, ministrado nas instalações do próprio cliente, no qual o corpo técnico da ISA transfere todo o conhecimento necessário para que os usuários responsáveis possam conduzir inspeções de rotina com excelência. Com aproximadamente 4 horas de duração, o treinamento equilibra teoria e prática de forma objetiva. Todo o conteúdo programático foi elaborado com base nas normas ABNT NBR 17150:2024 e UNE EN 15635:2008, bem como na vasta experiência acumulada pela ISMA em anos inspecionando e fabricando estruturas de armazenagem. Isso garante que a capacitação esteja alinhada às melhores práticas internacionais e aos requisitos normativos atuais, oferecendo informações atualizadas e confiáveis.
O conteúdo técnico abordado é amplo e abrange desde os conceitos básicos até os critérios de avaliação avançados. No programa do curso, os participantes primeiramente “conhecem o sistema de armazenagem” em profundidade – isto é, são apresentados aos diferentes componentes (colunas, longarinas, contraventamentos, fixações etc.) e ao funcionamento estrutural de um porta-paletes típico. Em seguida, adentra-se no coração do tema: a inspeção do sistema de armazenagem.
Os instrutores explicam como efetuar a inspeção e o que deve ser avaliado em cada componente. Temas cruciais incluem o correto registro de ocorrência de danos, a avaliação de danos encontrada (por exemplo, diferenciar uma deformação leve de uma crítica), a importância da adequada movimentação de carga e posicionamento do palete para evitar danos, a leitura da placa de identificação de carga do rack (onde constam as capacidades máximas) e as folgas operacionais e mínimas exigidas entre unidades de carga e entre estrutura e empilhadeira.
A metodologia do treinamento ISA valoriza a aplicação prática. Além da exposição teórica, são realizados exercícios práticos in loco, nos quais a equipe treinada percorre o armazém junto com os instrutores, identificando potenciais não-conformidades nas próprias estantes da empresa e propondo soluções. Esse aprendizado prático, no ambiente real de operação, reforça a fixação do conteúdo e demonstra na prática como conduzir uma inspeção minuciosa. Ao final, um quiz é aplicado para recapitular os principais pontos e sanar dúvidas remanescentes, garantindo que todos os participantes alcancem um nível satisfatório de assimilação.
Alguns diferenciais reforçam a qualidade do treinamento ISA. Os materiais didáticos são fornecidos em formato digital, permitindo fácil consulta posterior, e cada participante recebe um certificado de conclusão. A ISMA também disponibiliza um gabarito prático para análise preliminar de danos, um instrumento que auxilia os inspetores de rotina a classificarem o grau de risco de uma avaria observada.
Esse gabarito – essencialmente um “classificador de riscos” – é fruto da experiência da ISMA em inspeções e serve como referência rápida para decidir, por exemplo, se uma coluna levemente empenada enquadra-se em nível de alerta ou em nível crítico que requer intervenção imediata.
Por fim, é importante destacar o corpo docente envolvido. O treinamento é ministrado pelo corpo técnico da ISA, composto por engenheiros e especialistas com larga experiência em sistemas de armazenagem. A ISMA foi pioneira nacional no desenvolvimento de serviços e treinamentos voltados à segurança em armazenagem, e sua equipe traz credenciais sólidas: profissionais graduados, registrados no CREA, com vivência de campo e conhecimento dos sistemas de todos os fabricantes.
Essa expertise multidisciplinar permite que o treinamento discuta situações reais e exemplifique problemas que os participantes provavelmente enfrentarão em suas instalações, enriquecendo o aprendizado. Todo esse conjunto de conteúdo robusto, material de apoio e equipe qualificada torna o treinamento ISA uma solução sob medida para empresas que buscam elevar o patamar de segurança de seus armazéns.
Benefícios diretos do treinamento de inspeção
A implementação do treinamento técnico in company da ISMA rapidamente se traduz em benefícios diretos e tangíveis para a operação. O primeiro ganho é a capacitação da equipe própria para realizar inspeções de rotina. Com o conhecimento adquirido, os colaboradores passam a ter confiança e competência para inspecionar regularmente as estruturas, o que significa que potenciais problemas são identificados muito mais cedo do que seriam por uma equipe não treinada.
Essa vigilância contínua reduz consideravelmente a probabilidade de acidentes, elevando a segurança operacional no armazém a um novo patamar. Os trabalhadores treinados compreendem os riscos envolvidos e tendem a respeitar mais os procedimentos de segurança (como não exceder a capacidade de carga informada ou não operar com paletes danificados), criando um ambiente de trabalho mais seguro para todos.
Outro benefício significativo é a prevenção de perdas. Ao evitar que pequenos danos evoluam para colapsos ou quedas de mercadorias, o treinamento ajuda a empresa a prevenir perdas relacionadas a sinistros, sejam elas perdas de produtos estocados ou danos em equipamentos e estrutura física. Como vimos, acidentes graves podem gerar prejuízos milionários e interrupções longas nas operações.
Com a equipe habilitada a prevenir e identificar riscos, a chance de um sinistro de grande porte reduz drasticamente – e mesmo quando um incidente ocorre, a resposta rápida e adequada minimiza seu impacto. Além disso, estar em conformidade com as normas e demonstrar proatividade na manutenção pode resguardar a empresa de multas e repercussões legais em caso de auditorias ou incidentes, protegendo também o lado financeiro e reputacional do negócio.
Um efeito de longo prazo do treinamento é o aumento da vida útil das estruturas de armazenagem. Estruturas porta-paletes bem cuidadas podem servir por décadas, enquanto aquelas sujeitas a uso indevido e sem manutenção costumam apresentar falhas prematuras.
Com a inspeção frequente e correções imediatas (por exemplo, trocando-se prontamente um montante danificado), evita-se que a estrutura trabalhe fora dos parâmetros de projeto. Isso significa menos fadiga acumulada e menos propagação de danos – em outras palavras, a estante dura mais tempo em boas condições. A longevidade do sistema de armazenagem traz retorno sobre o investimento inicial, pois posterga gastos com substituições ou reforços estruturais. Nesse sentido, o treinamento se paga ao prolongar a durabilidade do ativo e ao manter o armazém operando de forma otimizada e segura.
Preparo técnico: inspeções de rotina com parâmetros da ISMA e da norma
Um dos aspectos mais valiosos do treinamento ISA é preparar as equipes para executar inspeções de rotina conforme parâmetros técnicos precisos, alinhados tanto às recomendações normativas quanto aos procedimentos consagrados pela ISMA. Após o curso, os participantes sabem exatamente o que inspecionar, como inspecionar e quais critérios utilizar em cada verificação de rotina.
Outro ponto técnico fundamental é a avaliação das folgas. O treinamento aborda as folgas operacionais e folgas mínimas de segurança que devem ser mantidas entre as unidades de carga, as estruturas e os equipamentos de movimentação. Respeitar essas distâncias é crucial para evitar tanto impactos acidentais, quanto sobrecarga indevida em componentes.
Os participantes são instruídos a verificar se os paletes estão bem encaixados, sem partes salientes, e se não há obstruções ou objetos armazenados irregularmente que reduzam as folgas previstas em projeto. Essa verificação rotineira de espaçamentos evita situações de risco, como colisões de empilhadeira em estruturas devido a corredores estreitos ou queda de produtos por empilhamento impróprio.
O uso do gabarito de classificação de riscos (ISA) é outra habilidade transmitida no treinamento. Com esse instrumento em mãos, a equipe consegue categorizar os danos encontrados de acordo com sua gravidade, seguindo parâmetros técnicos. Cada deformação, trinca ou deslocamento identificado na estrutura pode ser enquadrado em um nível de risco – abordagem semelhante à preconizada pela norma europeia EN 15635. A ISMA fornece um gabarito específico para essa finalidade, e durante o curso os alunos praticam sua utilização na classificação de danos simulados ou reais.
Essa padronização na categorização é essencial: garante que diferentes inspetores internos façam julgamentos consistentes e embasados, e que adotem as ações corretas para cada categoria de risco.
Além disso, os treinandos aprendem a documentar adequadamente as ocorrências. O módulo de registro de ocorrência instrui como preencher relatórios de inspeção, quais informações não podem faltar (data, local, descrição do dano, peça envolvida, etc.) e enfatiza a importância de incluir evidências visuais – ou seja, registro fotográfico dos danos encontrados.
Fotografar uma coluna amassada, por exemplo, serve tanto para comunicação interna (facilitando a avaliação pelo time de manutenção ou pelo fabricante) quanto para criar um histórico confiável da integridade das estruturas. A criação desse databook de inspeções é alinhada às exigências normativas de rastreabilidade e fornece suporte em eventuais auditorias ou análises de engenharia. Em resumo, ao final do treinamento ISA, a equipe interna estará apta a conduzir inspeções de rotina com o mesmo rigor técnico que se esperaria de um especialista, seguindo os parâmetros normativos em detalhes – das medições milimétricas às anotações documentais e categorização de riscos.
ISA Connect e e-Databook: tecnologia na gestão das inspeções
Para potencializar ainda mais a eficácia das inspeções e o acompanhamento de ocorrências, a ISMA disponibiliza ferramentas tecnológicas de suporte, integradas ao seu ecossistema de serviços. Após treinar a equipe, é recomendável que a empresa utilize o ISA Connect – um portal digital desenvolvido pela ISMA para gerenciar todo o histórico de inspeções do cliente.
Por meio do ISA Connect, os proprietários e gestores têm acesso online a toda a documentação de inspeção dos seus sistemas de armazenagem, de forma centralizada e segura. Esse portal funciona como um repositório de laudos anuais, relatórios fotográficos de inspeções mensais, certificados e demais documentos pertinentes, facilitando a consulta a qualquer momento e a demonstração de conformidade diante de auditorias. Além disso, a plataforma disponibiliza indicadores e demonstrativos dos resultados das inspeções, permitindo aos gestores visualizarem tendências, e tomar decisões embasadas em dados.
Um dos recursos de destaque dentro dessa plataforma é o e-Databook, uma espécie de livro de registros eletrônico para inspeções e ocorrências. No e-Databook, a equipe pode inserir informações sobre cada ocorrência ou inspeção realizada nas estruturas.
Por meio dessa ferramenta, toda vez que for feita uma inspeção de rotina, os dados podem ser imediatamente registrados em formato padronizado: data e hora, responsável, componentes inspecionados, observações e conclusões.
Quando um dano é identificado, o e-Databook permite anexar fotos, descrições detalhadas e datas de detecção, criando um dossiê completo da ocorrência. Também é possível acompanhar o status de cada ocorrência – por exemplo, se uma determinada avaria está pendente de reparo, em reparo, ou já corrigida – o que confere um controle rigoroso sobre as providências tomadas. Com esse recurso, o gestor de manutenção ou segurança consegue monitorar remotamente o andamento das inspeções e intervenções, garantindo que nenhuma irregularidade apontada fique sem resolução.
O e-Databook funciona, assim, como um histórico vivo do sistema de armazenagem, acessível a qualquer momento para consulta por operadores, equipe de manutenção, inspetores e até pelo fabricante quando necessário. Trata-se de um complemento perfeito ao treinamento: se este dá conhecimento técnico à equipe, o ISA Connect e o e-Databook fornecem os meios para aplicar esse conhecimento de forma sistemática e acompanhar os resultados ao longo do tempo.
Ao adotar o treinamento ISA da ISMA, as empresas incorporam décadas de expertise em segurança de armazenagem, fortalecendo sua cultura de prevenção de sinistros. Somado ao uso de tecnologias como o ISA Connect e o e-Databook, esse conhecimento garante um acompanhamento minucioso e contínuo das condições das estruturas, fechando o ciclo da gestão de integridade: pessoas bem treinadas executando inspeções rigorosas, apoiadas por ferramentas de registro e análise avançada.
O resultado é um ambiente de armazenagem muito mais seguro, eficiente e confiável. Em um mercado cada vez mais competitivo e exigente, essa abordagem preventiva e estruturada se traduz em vantagem estratégica – menos surpresas desagradáveis, mais continuidade operacional e conformidade assegurada. Em última instância, preparar as equipes para as inspeções de armazenagem é preparar a empresa para um futuro sem acidentes, onde a segurança e a produtividade caminham lado a lado.





