OTIF é a sigla de On Time In Full, que indica “no prazo previsto”. Logo, trata-se de uma métrica que mede a eficiência operacional dos pedidos realizados pelas empresas.
Ainda com base na expressão, esse indicador avalia se os produtos foram entregues no prazo acordado (On Time) e na quantidade correta (In Full).
Portanto, temos um dado super importante em todos os negócios que desejam otimizar sua cadeia de suprimentos e garantir um alto nível de serviço ao cliente.
Entenda a diferença entre OTD, OTIF e OEE!
Na intralogística é comum encontrar outros indicadores relacionados com o tema central deste artigo. Porém, não se deve confundi-los. Veja:
- OTD (On Time Delivery) mede a pontualidade da entrega;
- OTIF (On Time In Full) considera a pontualidade e a integridade.
Além deles, tem o OEE (Overall Equipment Effectiveness), neste caso, voltado na eficiência da produção. Então, avalia-se disponibilidade, desempenho e qualidade dos equipamentos.
Agora, uma dica que faz todo sentido no seu trabalho! Embora diferentes, esses KPIs de logística podem ser complementares na análise de desempenho logístico e produtivo.
OTIF é o mesmo que lead time?
Quem atua no setor logístico, conhece bem a sigla lead time, que indica a eficiência do processo de entrega, também. Porém, são conceitos diferentes, ok?
De maneira breve, considere que OTIF combina pontualidade com integridade, a fim de descobrir se o pedido foi entregue no prazo e com os itens completos.
Enquanto isso, lead time é o tempo total necessário para a produção e entrega de uma mercadoria, desde o início ao fim de todo o processo.
A importância do OTIF?
Antes e após esse tópico, teremos vários exemplos dos benefícios dessa métrica. Entretanto, é relevante trazer aqui uma lista de tópicos que explicam a importância do tema!
Observe que se cria uma cadeia de valores, desde as melhorias nos processos até o ganho de competitividade entre os concorrentes.
Melhora a visibilidade de processos
Essa medição oferece dados valiosos que podem ser usados na avaliação do desempenho dos processos e dos setores envolvidos.
Com essa informação, é possível melhorar a armazenagem, o transporte e toda a logística, ajustando estoques e otimizando operações.
Torna a operação mais eficiente
O monitoramento dos dados ajuda as empresas a identificar falhas em sua cadeia. Por exemplo, problemas com fornecedores ou inventários.
Como consequência, isso possibilita ações corretivas em um ciclo de melhoria contínua.
Possibilita a redução de custos
Entregas no prazo e completas evitam custos adicionais relacionados a devoluções, reenvios, reclamações ou penalidades contratuais.
Além disso, reduz o impacto negativo de erros e faltas no seu tipo de estoque.
Garante a melhor satisfação do cliente
Quando uma empresa consegue entregar os produtos de forma pontual e completa, os clientes ficam mais satisfeitos e propensos a manter relações de longo prazo.
Aumenta a competitividade no mercado
O indicador elevado faz com que empresas se destaquem pela confiabilidade. Em mercados competitivos, esse requisito das entregas pode ser um diferencial importante.
Qual é a fórmula do OTIF?
Na hora de calcular o índice, a gente precisa da fórmula. Então, anote:
OTIF = pedidos entregues no prazo e corretamente / pedidos enviados x 100
Esse cálculo fornece um percentual que reflete a eficiência do supply chain.
Portanto, um indicador baixo indica falhas na armazenagem e/ou logística, assim como problemas na gestão de estoque ou dificuldades na distribuição.
O problema disso não está apenas na parte operacional, mas chega até o consumidor, que terá um impacto negativo. Logo, é preciso reverter o quadro para melhorar a experiência dele.
Mas, qual é o OTIF ideal?
Um dado ideal varia muito a partir de setores, principalmente. No entanto, um número padrão de mercado costuma ser acima de 95%.
Por isso, empresas que atingem um percentual elevado, igual ou acima disso, garantem múltiplas vantagens. Por exemplo:
- Maior previsibilidade na cadeia de suprimentos;
- Redução de custos com devoluções;
- Melhora no relacionamento com clientes e parceiros.
Isso explica porque otimizar o OTIF é um diferencial competitivo na atualidade. Afinal, todos os anos, problemas na entrega estão entre as principais reclamações dos consumidores.
Os principais desafios das empresas
Vimos qual é a fórmula e o percentual ideal, mas por que as empresas não conseguem alcançar esses dados? Nessa hora, vale a pena avaliar os desafios comuns.
- Falta de visibilidade na cadeia de mercadorias;
- Problemas na separação de pedidos e conferências;
- Entraves com fornecedores de matérias-primas;
- Dificuldades em lidar com novas tecnologias.
A boa notícia, você deve imaginar: é possível, sim, vencer tais circunstâncias. No entanto, exige-se uma gestão logística colaborativa e moderna.
Sendo assim, como fazer um OTIF eficiente?
Ainda que não se tenha uma regra universal, saiba que existem algumas boas práticas que devem ser seguidas quando se quer melhorar o indicador.
- Manter um estoque equilibrado evita rupturas, faltas e excessos;
- Monitorar e otimizar rotas de entrega também contribui com esse dado;
- Utilizar inteligência artificial para previsibilidade de demanda é favorável;
- Capacitar profissionais para otimizar operações e reduzir falhas.
Outro ponto super importante é pensar nos processos da armazenagem e não somente do transporte. Veja mais sobre isso no próximo tópico.
Atenção à armazenagem!
Um armazém, galpão ou centro de distribuição bem gerenciados garantem que os produtos sejam coletados e expedidos corretamente. Logo, evitam-se erros que impactam a entrega.
Ou seja, é uma área super colaborativa com o OTIF, não é? Nesse sentido, há que se pensar em:
- Investir em WMS;
- Garantir as boas práticas;
- Ter estruturas personalizadas.
Tudo isso contribui diretamente para um OTIF elevado.
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